“Guardiões da Galaxia Vol.2” | Crítica

Postado em set. 13, 2017

Mais despretensioso que seu antecessor, “Guardiões da Galaxia Vol.2” é divertido e aumenta as possibilidades sobre universo Marvel no cinema.

Com direção de James Gunn, “Guardiões da galáxia Vol. 2” supera seu antecessor não somente em bilheteria (enquanto o primeiro longa arrecadou US$ 774 milhões, a sequência atingiu US$ 833,4 milhões!) mas também em qualidade. O filme consagra o nome do grupo, que não era tão conhecido pelo público, e aprofunda as relações entre os personagens, focando nos conflitos internos de cada um, especialmente paraPeter Quill(Chris Pratt) que finalmente conhece seu pai (Kurt Russell).

“Guardiões da Galáxia Vol. 2”, assim como o primeiro filme, conta com um roteiro muito bem estruturado (ainda que soe um tanto surreal para quem não está familiarizado com sci-fi) onde os acontecimentos vão vindo como em um efeito dominó muito bem feito e eficaz. O clima leve que permanece durante todo o filme segue o “Estilo Marvel” de ser, trazendo uma comédia que simpaticamente envolve os momentos de ação e os acontecimentos mais grandiosos (e imprescindíveis).

Um ponto a ser ressaltado é sobre a fotografia e a produção. Os cenários, espaçonaves e inimigos são cheios de cores, trazendo um visual agradável e ainda mais divertido para o longa, que nos faz sentir como se estivéssemos em uma “viagem de ácido” onde tudo é colorido e luminoso. Um bom exemplo disso é Ego (Kurt Russell), o vilão (que é um planeta vivo) e foi muito bem representado pelo diretor, que acertou em cheio em inovar na aparência dele.

É notável a profundidade que a relação dos personagens atingiu, sendo inevitável aplaudir o elenco por tal feito. A estreia de Pom Klementieff como Mantis, a sensitiva que traduz emoções com seus poderes ao tocar em alguém, agrega ainda mais ao grupo, principalmente ao Drax (Dave Batista), que torna algumas cenas mais emotivas e divertidas.

Rocket Raccoon (Bradley Cooper) e Yondu (Michael Rooker) tem poucas cenas juntos, mas conseguem fazer uma interação bem resolvida com a cerne dos personagens, especialmente o alienígena. Já Gamora (Zoë Saldaña) e Nebula (Karen Gillan) finalmente tem seu embate que se estende desde o filme anterior eGroot ou Baby Groot (Vin Diesel), com suas palavras limitadas, se destaca muito nas cenas de ação, humor e até de drama.

A trilha sonora é um ponto marcante no filme, que vem cheia de músicas Disco, imprimindo muito bem as sensações necessárias e pontuando com perfeição cada ponto do longa.

O longa ainda tem a participação especial de Sylvester Stallone como Stakar Ogord, que deixa o clima do filme ainda mais leve e divertido. Os pontos negativos acabam passando batidos no frenesi das batalhas, até porque Guardiões da Galaxia Vol. 2 não traz como proposta um aprofundamento cinematográfico e esse é seu diferencial, não se levar a sério.

As expectativas para futuros filmes do universo Marvel ficaram bastante elevadas após esta sequencia que apresentou Adam Warlock,personagem crucial para Guerra infinita, filme que será o principal do universo Marvel.

Sendo uma das poucas adaptações que agrada aos fãs mesmo divergindo da obra original, “Guardiões da Galaxia Vol. 2” traduz muito bem o significado de entretenimento, pois é impossível tirar os olhos da tela do começo ao fim! Com personagens bem introduzidos, humor na medida certa e ação frenética, o longa acerta em cheio e se torna um dos melhores filmes desse universo cinematográfico, principalmente por não se levar a sério.

Nota: 08

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.